Por que alguns projetos culturais atraem investidorese outros não?

Você já se perguntou por que alguns projetos chamam atenção e outros passam "batidos"? A resposta está no modo como você apresenta sua proposta e, principalmente, na forma como ela se conecta com quem pode apoiar sua ideia.

Conseguir a aprovação em um edital ou habilitar um projeto em uma Lei de Incentivo é um avanço importante. Mas não se engane: esse “sim” é apenas o começo. A captação de recursos começa, de fato, quando você precisa mostrar para empresas ou investidores que sua ideia vale o apoio. E não basta só ser um projeto bom artisticamente.

Então como convencer uma empresa a apostar em você? Como transformar o seu projeto em uma solução estratégica também?

O Que Faz um Projeto Ser Atrativo?

A boa notícia é que você não precisa reinventar a roda. O que costuma conquistar investidores é a clareza com que você mostra que pensou no projeto como um todo, e isso envolve desde o alinhamento com os valores e a área de atuação da empresa até o potencial de gerar visibilidade e mídia, além da relevância social ou cultural da proposta (o impacto que ela gera na comunidade).

A experiência, preparação da equipe e um orçamento coerente e bem detalhado reforçam o planejamento e mostram responsabilidade na gestão, além de transmitir segurança na hora de fazer acontecer. Projetos que apresentam inovação e elementos únicos também se destacam com mais facilidade, principalmente quando são acompanhados de indicadores de impacto claros e contrapartidas bem pensadas, que entregam valor direto à marca.

Quem irá investir, precisa enxergar que apoiar seu projeto também é uma oportunidade estratégica!

O Que Afasta Investidores?

Sejamos realistas: mesmo ideias ótimas podem ser ignoradas. E geralmente isso acontece por alguns motivos bem específicos, e, o principal deles, é a falta de conexão com o perfil da empresa ou do edital. Ás vezes, o projeto simplesmente não conversa com o que a marca ou órgão acreditam. Outro ponto também, é quando o texto parece genérico, sem diferencial, como se tivesse sido copiado e colado para qualquer oportunidade.

Um orçamento mal feito, exagerado ou confuso, junto de uma equipe mal apresentada ou inexperiente, que não transmite confiança, também afastam o interesse de quem investe. Projetos que não explicam como vão se comunicar com o público, ou que não oferecem nenhuma contrapartida clara, também são deixados de lado.

Se, além disso, o impacto social ou cultural do projeto não estiver evidente e a abordagem parecer fria e impessoal, a chance de atrair um investidor cai bastante. Antes de enviar qualquer proposta, se pergunte: “Se eu fosse o investidor, por que apoiaria esse projeto?” A resposta a essa pergunta pode mudar tudo na sua forma de escrever.

No fim das contas, captar recursos é sim sobre planejamento e estratégia, mas é também sobre conexão. Conexão com o seu projeto, com quem você quer atingir e com quem pode financiar essa ideia.

Não basta ter uma proposta artística potente se ela não conversa com quem lê. Investidor nenhum vai apostar em algo que não entende ou que não vê sentido. Por isso, mais do que escrever um bom projeto, é preciso saber contar essa história do jeito certo, para a pessoa certa, no momento certo. É isso que transforma uma proposta comum em uma proposta que convence.