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O essencial do original de Shakespeare. UM RICARDO |||

O Festival de Curitiba exibe a peça “Um Ricardo III”, uma adaptação da obra clássica de William Shakespeare, cuja versão original pode chegar a cinco horas de duração. Na versão com produção de Dimas Bueno e dirigida por Rafael Camargo, a peça será apresentada em 50 minutos.

Bruno Rodrigues, que faz parte do elenco da peça, conta que esse processo de “limar” o excesso foi feito tomando como referência o próprio Ricardo III, seus sentimentos e seu envolvimento com as mulheres. “O Ricardo III é um escroto, é um dos personagens de Shakespeare que eu particularmente tenho mais aversão. O que ele faz com as mulheres é terrível. Num primeiro momento, ele mata o marido e o sogro da Lady Anne, e casa-se com ela. Ela está chorando a morte do marido e ele vai conquistá-la enquanto ela está sobre o túmulo,” comenta Bruno. No roteiro adaptado, acontecimentos importantes que envolvem Ricardo III são narrados durante a peça, “que reduz vinte páginas de texto para dois minutos de narração”, complementa.

A proposta da peça é o teatro de inação, no qual os atores se movimentam o mínimo possível. O que entra em evidência é a interpretação do texto. Para Bruno, sem o uso do corpo como recurso, o processo se desenrola com a expressão da voz, do sentimento, da verdade, e é um dos processos mais difíceis e sensíveis do ator. O jogo de luz desenvolvido é determinante para ressaltar e detalhar Ricardo III na peça, uma concepção criada pela iluminadora Nadia Luciani.

“Um Ricardo III” está em cartaz no Teatro Ênio Carvalho, Espaço Cultural FALEC, de quarta a sábado às 20 horas e domingo às 19 horas.

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