Como produzir um projeto cultural com orçamento baixo e reduzido.
Você já se perguntou como produzir um projeto cultural com orçamento baixo e reduzido?
A escassez de recursos financeiros, em sua maioria das vezes, é o principal problema enfrentado pelas pessoas fazedoras de cultura. Porém, esse fato infelizmente corriqueiro, não precisa ser um obstáculo para a realização de projetos e produções culturais.
Mas, da mesma maneira como o setor cultural funciona, a criatividade, planejamento estratégico e uma rede de contatos sólida tornam possível produzir com qualidade, mesmo quando a grana é curta. Nesse caso, então, como se utilizar desses “dribles”?
Primeiro, precisamos falar sobre o PLANEJAMENTO, que é a base de tudo.
Antes de tudo: precisamos entender qual é o nosso contexto cultural. Qual é minha área (ou áreas) de atuação? Pra qual nicho eu vou falar e fazer cultura? Se você não tem isso já muito bem definido, é muito difícil seguir nesse meio, ou em qualquer um.
Agora, iniciando a criar o planejamento, pense: o que se pretende alcançar com a arte que eu faço? Qual o meu público-alvo? Quais os resultados esperados para mim e para a minha comunidade? Tendo isso alinhado, seu planejamento já se iniciou com sucesso!
Para um bom planejamento, também, precisamos entender o contexto cultural local e as demandas do público. É fundamental para direcionar os esforços e otimizar os recursos.
Agora, defina as etapas do projeto, os responsáveis por cada tarefa (caso você centralize tudo em você mesmo, se atente aos horários para não se enrolar), os prazos e os recursos necessários. Além disso, inclua no documento todas as despesas previstas, desde a produção de materiais até a divulgação do evento.
Mas e o orçamento?
Orçamento baixo é a maior realidade da cultura brasileira, principalmente por todos os constantes ataques sofridos nos últimos anos. Claro, o cenário é positivo e com um futuro otimista, mas ainda estamos retomando. Porém, formas de se mobilizar recursos, principalmente após os avanços tecnológicos, surgiram ainda mais quando se trata de fazer cultura.
Para começar a pensar em mobilizar recursos, primeiro, precisamos ter uma identidade, um corpo. O que de fato é a sua ideia? Meu projeto tem um nome? Eu tenho uma identidade? No que as pessoas irão investir? E então, com sua identidade definida, pode começar a mobilização de recursos.
O primeiro passo é o marketing. Criar um perfil no Instagram é de graça, e postar também. Não importa se você sabe ou não lidar muito bem com mídias sociais: faça! Dê vida a sua ideia, e o jeito mais barato pra isso, é criando o seu perfil. Mas lembre-se: essa habilidade se tornará essencial conforme você evolui em sua carreira, e determinante para isso acontecer.
Através das mídias, pode mobilizar campanhas de “crowdfunding”, uma espécie de “patrocínio da comunidade”, além de outras opções, como até mesmo já começar a comercializar sua ideia.
As redes sociais também podem ser uma excelente maneira de buscar patrocínios diretos de empresas ou fundações. Mas se atente a maneira de trabalhar desses lugares e meios. A maioria trabalha com MEI 's ou Pessoas Jurídicas. E esse é um ponto que vamos abordar agora.
Quem já possui MEI ou afins, tem aqui uma grande vantagem na hora de buscar recursos diretos, sem precisar passar por editais, o que não é a realidade da Pessoa Física. Para PF 's, o tipo mais comum de financiamento é através de leis e editais. Qualquer pessoa pode ser apta a escrever projetos culturais, e, independente de ser PJ ou PF, é uma habilidade indispensável no setor cultural.
A escrita de projetos, buscando recursos com leis e editais, vem se tornando o principal meio de angariar orçamento no setor. Sejam Pessoas Físicas se especializando em escritas ou Pessoas Jurídicas terceirizando o serviço, é o futuro da cultura brasileira, pelo menos nos próximos 3 anos.
Ou seja, busque se aperfeiçoar nisso. Se você quer se aprofundar mais sobre o tema, dê uma olhadinha nos outros blogs que já postamos aqui em nossa página!
Mas, estamos falando de fazer cultura com baixo orçamento.
Vamos lá: quando faltam recursos, precisam sobrar: criatividade, sustentabilidade, inovação e força de vontade.
Busque formatos alternativos e inovadores para executar a sua ideia, como performances em espaços não convencionais (galpões, ruas, casas, parques, a criatividade é o limite), oficinas participativas e até mesmo ter as primeiras ações de forma online.
Se estamos falando de um baixo orçamento, a redução de custos nessas horas precisa ser sua maior aliada. Se você precisa de pessoas, crie um sistema de voluntariado. Busque parcerias, apoios (muito utilizados na cultura, além do patrocínio), pessoas que estejam dispostas a contribuir e investir indiretamente ou diretamente. Sua força de vontade nessa busca precisa ser forte. Parcerias estratégicas são um grande passo pro sucesso.
Mas cuidado: não confunda redução de custos com desleixo. Coisas essenciais precisam ser priorizadas. Estamos falando em não gastar em coisas supérfluas, não cortar a água da galera, por exemplo.
A sustentabilidade pode te ajudar muito também! Buscar utilizar materiais reciclados e biodegradáveis na produção pode ser uma ótima saída. Além disso, estamos falando de um assunto urgente. Não importa o tamanho: todas as pessoas precisam se atentar a isso.
E como ter gestão sobre isso? Como dar longevidade a minha ideia?
É muito importante acompanhar de perto a execução do projeto, identificando possíveis desvios e tomando as medidas necessárias. Com um orçamento apertado, esteja sempre em alerta para adaptar o projeto às mudanças e imprevistos.
Buscar conhecimento sobre gestão de projetos culturais, marketing digital e captação de recursos é fundamental, mas vamos entrar no mérito da primeira. Saber direcionar um projeto é determinante no sucesso dele, em como ele irá funcionar, e se ele será longevo. Ah, e nós também temos alguns artigos publicados aqui no site, dá uma olhada!
É importante também a sua visão empresarial, saber lidar com o orçamento, direcionar ele,saber vender sua ideia para diferentes patrocinadores, criar diferentes formas de apoiar você. Hoje, no setor cultural, quem não se profissionalizar, quem não tiver uma visão profissional, ficará para trás.
Aprender a se precificar, a se oferecer e a conduzir é o que determina seu futuro.
Resumindo:
Com um orçamento baixo, a atenção, força, criatividade, gerenciamento, gerenciamento, sustentabilidade e inovação precisam ser quadruplicadas! Com isso, é possível realizar projetos culturais de qualidade mesmo com recursos limitados. O mais importante é acreditar no seu projeto e buscar soluções inovadoras para superar os desafios.
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