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Rock 'n Roll - Rebeldia de Tempos Modernos


Fotógrafo: Fabiano Ferreira

O Rock'n Roll é tão revolucionário que no ano assombrado por uma pandemia, o Dia Mundial do Rock'n Roll é celebrado caprichosamente em uma segunda-feira. Podemos chamar de uma rebeldia de tempos modernos.

Porém, todos nós sabemos que o Rock'n Roll é imortal e vem se mostrando "mutante" até no formato das suas apresentações.

No último domingo, o Ale Reis, empreendedor e idealizador do Festival Crossroads, um conhecido "bar de rock e blues" de Curitiba, promoveu o festival com a apresentação ao vivo de 10 bandas. Em parceria com a Planeta Brasil Entretenimento transmitiram quase 10 horas de música pela internet para um público de aproximadamente 14.000 pessoas.

Isso nos mostra que um show não é formado apenas por uma banda e o público. Existem todos os envolvidos que ficam nos bastidores e que fazem acontecer. E para resumir bastidores em uma palavra podemos dizer: DEDICAÇÃO.

E essa dedicação se faz presente desde o produtor musical, os idealizadores, engenheiros de som, holdies, iluminadores, técnicos e mais uma infinidade de profissionais que se dedicam para que o público possa ter um show de qualidade.

Uma boa ideia - uma dose dupla de coragem e muito trabalho

O produtor musical Rick Bonadio disse em uma entrevista para o João Gordo sobre as dificuldades de encontrar bons artistas e de transformar esses artistas da música em astros. Ele falou que "(...) a música precisa de uma dedicação surreal (...)". Esse é o ponto de vista de um produtor musical que se dedica para ter um produto (cantor ou banda) com potencial e, principalmente qualidade.

Seguindo nessa linha chegamos aos idealizadores dos grandes eventos. Aqui eu poderia citar inúmeros idealizadores, mas estou me permitindo representá-los por um dos mais idealistas de todos - Roberto Medina.

Ele é publicitário de formação, persistente por natureza e visionário nas horas vagas. Para quem viveu os anos 80 sabe que Roberto Medina é o nome por tras do Maior Festival de Rock'n Roll do Brasil - o Rock in Rio! É dele a frase: "Percebi que as armas que tenho para conseguir tornar o mundo um pouco melhor são a música e o festival. É o que eu sei fazer bem".

Foi com a coragem de pessoas como Roberto Medina que, atualmente, podemos contar com grandes Festivais de Música espalhados por todo o Brasil. Downtown Rock Festival no Norte/Nordeste. O BeeRock Festival no Centro Oeste. O Lollapalloza Brasil em São Paulo (apesar de ser uma franquia) e o Planeta Atlântida no Sul. Todos esses festivais, além de ser ótimos espetáculos de entretenimento, também servem como divulgação de bandas de qualidade e que esperam por uma chance para mostrar seu trabalho.

Rock Curitibano

Um exemplo que ilustra muito bem uma caminhada de sucesso é a Banda Relespública (ou a Reles - como os fãs, carinhosamente, apelidaram a banda).

A Reles foi criada em 1989 e a sua formação atual conta com os músicos Ricardo Bastos (baixo), Emanuel Moon(bateria) e Fabio Elias(vocal). Eles se orgulham de serem uma banda curitibana e, se posicionam como uma banda que não quer "mudar de Curitiba e sim mudar Curitiba". A Relespública vai ser sempre a banda de Rock Curitibano.

Sua trajetória pode ser contada através da sua discografia. Do 1º disco "Venda Proibida" - Ao Vivo do Centro Politecnico em 1996, "E o Rock'n roll Brasil", 1998 até o álbum "O Circo Está Armado", gravado na Universal Music. Esse último foi o trabalho que mais evidenciou a banda para o Brasil.

Nessa época a Relespública teve a oportunidade de ser a primeira banda curitibana, a tocar no Rock in Rio - 3ª Edição. Segundo Fabio Elias - "É muito bom você ser uma banda curitibana, contar com uma mega estrutura e poder tocar de igual para igual num festival como o Rock in Rio".

Nesses 31 anos de estrada muita coisa aconteceu, muitas dificuldades serviram de aprendizado e crescimento, mas que fazem parte da história da banda. Entre idas e voltas a banda gravou mais três álbuns, o "As Histórias são Iguais" (2003), "MTV ao Vivo" (2006), "Efeito Moral" (2008), até a volta oficial da banda com o álbum independente "Antes do Fim do Mundo" (2012).

Uma necessidade revelada pelo vocalista da banda é que a Reles tem a necessidade de ser mais "independente". Hoje a banda, com a ajuda da tecnologia, produz seu próprio material.

A internet democratizou a música. As facilidades que ela trouxe para a produção independente vieram para ficar.

Hoje um músico, com sua arte e a ajuda da tecnologia, pode gravar, divulgar e até comercializar sua música totalmente independente e com qualidade. Segunda Fabio Elias "Tem que ser cada vez mais fácil da música chegar nas pessoas. O mundo mudou para melhor!".

Enfim, percebemos que, mesmo frente a todas as adversidades, "o show deve continuar". Para que isso aconteça, todos os envolvidos devem estar prontos para as mudanças. A cada dia surgem novas tecnologias e os profissionais que não estiverem capacitados e preparados podem perder grandes oportunidades.

Concluímos esse texto com o otimismo do Fabio Elias - vocalista da Reles: "Se você acredita naquilo que o teu coração manda, então faça! Uma hora você vai acertar. Sempre vai ter aquela pessoa que vai criticar. Ela não vai te matar, ela vai te deixar mais forte! E A Covid? A Covid é moda, o Rock é foda!!!".

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